22.2.04

Há imagens que valem mais que mil palavras, diz-nos o chavão.
Há imagens que nos deixam sem palavras, dizemos nós.
Esta é uma delas.
Cabelo mais pós moderno não há.
E mais não se diz.
Contemple-se:

12.2.04

CORREIO PÓS MODERNO

Escreve-nos L. M. S. (desde já, merci) uma missiva que atribui uma frase que apodariamos de colossal (ao estilo de Rhodes) atribuida a um dos grandes temores das balizas portuguesas. Aqui está.

"Carissimo Professor,

O mesmo grande CHICABALA definia-se, num artigo de um jornal desportivo como ... "um jogador ao estilo de Vieri...só que mais rápido"...
pois claro...
saudações pós modernas..."

AND THE WINNER IS...


Depois de mais uma renhida votação [desde já, o FUTRE BLOG TOTAL (sic) agradece a participação de todos], Carlos "o Desconstrutivista" Costa é o grande vencedor do Pós Moderno de Janeiro de 2004. O seu score precentual não deixa margem para dúvidas: 47% contra 30% de Vitinha e 27% de Rui França. Uma vitória sem espinhas, como se costuma dizer. Para a posteridade, aqui fica uma curta biografia deste grande pós moderno.

Carlos Manuel Salgado Costa é o raçudo-mor do futebol português. Um pós moderno que quase dispensa apresentações e que nasceu em Quimbres, Portugal, no saudoso ano de 1966. A sua carreira inicia-se na Académica local, mas em 1980 saltou para os eternos rivais do União de Coimbra. Em clara e continuada provocação à Académica, foi correndo as mais significativas equipas do distrito de Coimbra: em 86 já está no Adémia, em 87 pula para o Lousanense. A estreia na primeira divisão só podia dar-se ao serviço de outro rival, o Beira-Mar, no ano de 1993. Mas são os ares do sul que o tornam num jogador do mais raçudo que este país já viu: um médio do estilo Fernando Aguiar meets André Caxineiro. Chega a Faro em 1995 e cedo se torna num emblema do Farense, onde permanece até o barco ir ao fundo. São oito anos de raça e desconstrutivismo puro deste des-criativo médio distribuidor de lenha como poucos. Para a eternidade, fica este corte de cabelo à “foda-se”, o Carlos Costa look 1997.

6.2.04


João / Johan Miranda.
A melhor alcunha do mundo.


O DIREITO AO BOM NOME
por Quarlos Eirós, admirador.


O futebol é filho pródigo em nomenclaturas pós modernas, que desafiam as lógicas do poder instituido. Ainda mais prodigioso se torna o desafio, quando a própria pós modernidade não advém de além fronteiras (Sinta-se o prazer vocal quando se abre o Ah de Naddah, quando se espreme o Ííílsson de Eskilsson) e antes reside no nosso seio, bem dentro deste rectângulo das bermudas. O caso que hoje trazemos a lume é, sem dúvida alguma, o melhor petit nom alguma vez aposto no mundo do futebol. O melhor e mais violento de dizer. Tem a força de um galope, a raiva de um complot, a puerilidade de uma marca de brinquedos. Senhoras e Senhores, Pós Modernos e Pós Modernas, eis-nos perante um portento do futebol de ataque: CHICABALA. Como diria Charles Bronson, "Sim, Virgínia, ele existe". E quem é o corpo que se esconde por trás de um nome tão metafísico como este? Os registos são obscuros. Fontes consultadas dão-nos conta de um João (ou Johan, nome que adensa mais o mistério) Carlos S. Miranda, avançado nascido em Esposende, no ano de 1980. A sua carreira é um exemplo inversamente proporcional à grandeza do seu nome. Debuta na primeira divisão em 1997, com as cores do Rio Ave, onde permanece três anos, dezanove jogos e um golo. Depois a explosão em Fafe com 8 golos em trinta e um jogos. As saudades do mar devolvem-no ao Vianense, na época de 2001/02.
Um CV impressionante, é certo. Mas nada que se compare ao nome: sintamos o deleite de o dizer uma outra vez. Chicabala. Uma alcunha que conjuga a familiaridade de um Chico com a monstruosidade de uma cabala, como se disse. Um Chic que nos abala. Uma alcunha que conjuga a excalmação de um Chi com a corruptela de "que bala" em "cabala". Um nome que indicia a rapidez de uma flecha, a força de um touro de Alverca e o instinto assassíno do whisky de Sacavém. Se imperasse o bom estilo português de acoplagem de dois nomes num (a vivenda Mariani, de Maria e Aníbal Cavaco Silva é o exemplo perfeito, tal como a confeitaria Sonibel, de Sónia Isabel) Chicabala seria um caso engraçado de junção de Francisco "Chico/a" Bala. Mas não. A obscuridade é total quando se transforma um João Miranda em Chicabala. O mistério permanece e jamais ppoderá ser esclarecido. O nome, esse, fica imaculado para todo o sempre. Apenas igualado pelo também obscuro Chicangala, que em 1998/99, dava pontapés na bola na também obscura e pós idustrial Vila das Aves.
Quando tiver um filho vou chamá-lo de Chicabala Eirós. E uma filha também. Chicabala. És o maior.

2.2.04

A SEGUNDA VOTAÇÃO:

No lado direito deste blog encontra-se disponível uma (mais uma) poll para a votação do pós moderno do mês de janeiro. Três são os candidatos que se chegam à frente: Rui "a Sombra de Kierkegaard" França, Vitor "A Negação de Maradona" Vitinha e Carlos "o Desconstrutivista" Costa.
Les jeux sont faits, vamos a votos. Até dia 10.