3.7.05

SEGUNDO ANIVERSÁRIO DO FUTEBLOG TOTAL
Montalegre foi a cidade escolhida para acolher as comemorações do segundo aniversário do FUTEBLOG TOTAL. A festança decorreu, como é hábito, de forma majestosa, orgiática e apocalíptica. Um simpósio com oradores de excelência, uma salva de dois tiros, um jantar faustoso e opíparo, um jogo de futebol rasgadinho e dois concertos supinos, seguidos de uma portentosa festa de encerramento, sublinharam a tendência para a sumptuosidade pós moderna desta vasta equipa académica que, desde há dois anos, pensa o futebol como poucos. Só faltou a concentração de Lyotardianos Motards, que foi adiada para o Natal. Aqui fica uma resenha visual e narrativa dos grandes momentos da noite.


Abertura do simpósio “PÓS MODERNISMO NO FUTEBOL OU O MEDO DE EXISTIR”, com uma alocução de boas vindas pós modernas proferida pelo Doutor Augusto Justo, precedida de uma actuação do Coro de Confucionistas de Pequim.



Aurárcio Mélio (levou uma salva de palmas de 8 minutos, até começar a chorar) no discurso de agradecimento pela Medalha de Mérito Dionisíaco, atribuída pela Associação de Nietszchianos de Trás Os Montes.


Quarlos Eirós, visivelmente alterado, durante a sua conferência dupla, denominada “Prolegómenos do Pós Modernismo no Alverca – O Medo de Descer” seguida de "O que é a Ciência? Por Alma de Quem é que o Futebol é uma Ciência Ilógica?"


George Hagi foi a grande estrela da noite: discursou em romeno durante uma hora, sobre “Modernismo e Pós Modernismo nas balizas do Steaua de Bucareste: Duckadam e Sílvio Lung”. Despediu-se com um portentoso ceausescu.


Magi Hagi visivelmente incomodado com os ataques pessoais que lhe foram lançados pelo orador Nicolau Zebedeu.


Uma cambada de jovens pós modernos assiste, com particular atenção, à prelecção de José Cavra.


Augusto Justo, de sorriso amarelo, posa ao lado de Zing Chiao Long, um pós moderno pequinês, que fez a viagem Pequim-Montalegre de triciclo, em homenagem a este blog e ao pós modernismo em geral.


Magnífico jantar servido pelo restaurante Sol e Chuva. A ementa foi composta por Ossinhos da Suã e Bacalhau à Sol e Chuva.


Depois do jantar, já com todos bem regados e empanturrados, seguiu-se o habitual jogo de futebol entre Lyotardianos e Nihilistas. Nesta imagem, Augusto Justo é violentamente ceifado por José Meirinho, num ajuste de contas que envolve mulheres, um relógio de corda de marca suiça, existencialismo dinamarquês e Marcel Proust. Esta falta acendeu o rastilho entre os adeptos de ambas as equipas.


Os adeptos Lyotardianos não gostaram que José Gil (árbitro) não sancionasse Meirinho com um cartão vermelho directo e arremessaram petardos para o relvado. A tensão nas bancadas aumentava e o jogo foi prontamente interrompido.


Contudo, a batatada passou do campo para as bancadas. Na imagem, Lyotardianos e Nihilistas trocam picardias, naifadas e argumentos pós filosóficos, numa lamentável – e demorada – cena de pugilato pós moderno, também ela acicatada por discussões críticas sobre Shoppenhauer, que já se tinham iniciado durante o jantar.


Serenados os ânimos, a pleíade de pós modernos rumou à discoteca night club “Armindu’s” para assistir a dois concertos. Na imagem, Johnny Kincade, que deliciou a multidão com versões aparentemente "rockabilly" de A Era do Vazio, de Gilles Lipowetsky.


O Pós Rock dos Derridas foi o momento alto da noite, com o vocalista Emile Benveniste Jr a arrebatar a multidão com o clássico “Nietszche Me, My Love”. Conseguiram agradar a todos, inclusive a José Gil (que só gosta de Heavy Metal).


Gertrudes Steiner Eirós e Idalécia Justo, bastante alcoolizadas, compatibilizam-se depois de violenta diatribe sobre a dialéctica hegeliana.


Quarlos Eirós, completamente afundado em barbitúricos e álcool, tenta engatar uma existencialista de Montalegre.