4.7.03

Caros Futebloguistas:
É com incomensurável orgulho que convosco partilho a primeira de muitas análises feitas pelo mítico Professor Quarlos Eirós, dedicada a uma temática sempre premente: os jogadores raçudos. Sem mais delongas, aí vai o tomo um.
Boa leitura,
Augusto Justo, Presidente da Futeblog-Total SAD.

JOGADORES RAÇUDOS, Tomo 1: JORGE PAULO CADETE REIS.

Pelo Professor Quarlos Eirós

Sempre gostei muito do Jorge Cadete. A começar pelo nome, Jorge. Depois, pelos cabelos: durante anos, o Jorge representou com excelência o corte de cabelo à "foda-se", ou seja, muito curto em cima, e grandote na traseira, de modo a cobrir o cachaço. Não fosse a minha calvice precoce e teria, certamente, deixado crescer o cabelo à Cadete. Outro pormenor que me se afigura fantástico no Cadete é o "riso à Rambo". Se repararem bem, o Cadete só se ri para um lado, não apresentando o natural riso aberto, tal e qual o grande Stalonne naquele clássico, Rocky não sei bem quantos. Naquele e em todos os outros, o Stalonne é um campeone. Bem, mas voltando ao Cadete pode-se afirmar, com alguma segurança, que foi um bom exemplo do jogador raçudo (enfatizar o "u", como o Gabriel Alves faz) por todos os clubes por onde passou, excepto o Estrela, o SL Benfica, o Celta de Vigo e o Brescia. O que nos reduz ao Setúbal (que não conta, porque o Jorge era um miúdo), o Sporting e o Celtic. Sobretudo, nestes dois últimos clubes, jogando com o seu cabelo típico que ondulava enquanto corria, e rindo para o lado cada vez que marcava um golo, o Cadete foi um avançado muito raçudo. Corria mais nos momentos em que festejava os golos dele e os autogolos do Beto do que durante um jogo inteiro. Ainda hoje, quando estou em Glasgow a tratar dos meus investimentos, os meus empregados vêm ter comigo e me perguntam pelo Cadete. Eu calo-os sempre com vinte libras. Todavia, um deles teve que receber tratamento hospitalar quando soube que o Cadete tinha estado no Big Brother. Não aguentou de tanta comoção.
A experiência diz-me que o Jorge Cadete daria um excelente treinador de futebol. A sua acção no programa televisivo é disso bom comprovativo: basta notar o líder nato, o gestor de massas que o JC é. Se não fosse ele, não tenho a mais pequena dúvida que o Big Brother acabava mal. Senhores dirigentes desportivos, Jorge Cadete é o treinador do Século XXI. Basta que deixe crescer o bigode.

"There's only one George Cadete
He puts the ball in the net;
He scores with ease,
He's portuguese,
Walking in George's Wonderland!"
Robert Burns, Séc XVIII